domingo, 1 de abril de 2012

Tarde de Domingo na Ilha de Grande Jatte (1884-6) de Georges Seurat

(Veja a imagem ampliada ao máximo aqui)




Antes de falar da pintura em si (e tem muito a falar dela) vamos localizar a tal Île de la Jatte (Ilha de Jatte) é uma ilha fluvial situada no rio Sena, perto da entrada de Paris. Tem 4000 habitantes residindo lá. Se quiser ver o local pelo Google Maps, clique aqui. Mais embaixo, posto uma comparação do lugar do quadro atualmente.

Île de Grand Jette atualmente, mesmo local
 da pintura
A técnica usada por George Seurat é o Pontilhismo, no qual usa-se pontos de tinta para que crie-se a ilusão de que a obra vista de longe, seja unitária. Misturando pigmentos de cores primárias, que são o verde, vermelho e azul claro são misturados, o resultado é algo próximo à cor branca. Essa foi uma técnica não muito usada no século XIX, já que era muito trabalhosa e isso levava muito tempo para terminar o quadro. Esse, por exemplo, levou dois anos. A mesma coisa ocorre nos jornais em preto e branco (que na verdade também inclui o pigmento vermelho) e as TVs e os monitores de computador (RGB), assim como a impressão gráfica da impressão CMYK.

A obra em si
Seurat fez vários estudos para a obra, antes de lançá-la em definitivo. Veja aqui, nesses estudos, o inicial era com pontos enormes, que com o tempo foram diminuindo de forma a serem indistinguíveis à longa distância. Ela retrata uma tarde de Domingo bem bucólica às margens do sena em uma França que ainda não estava em guerra, é uma cena típica da Bellé-Epoque. O quadro possui 2m x 3m. O local onde está situada a cena fica entre La Defense e o subúrbio de Neuilly (leia-se Nóili) cortada pela Ponte de Levallois (leia-se Levaloá) bem ao fundo. Curiosamente, na época era um distrito industrial, mas hoje é uma região arborizada. Na pintura Sourat usou pigmento de zinco e depois, Amarelo Novo para dar o tom amarelado.

A pintura está atualmente no The Art Institute of Chicago (Instituto de Arte de Chicago) desde 1924 quando foi comprada pelo instituto. E o The Art Institute of Chicago aparece com destaque em um filme: "Curtindo a Vida Adoidado (no original, "Ferris Bueller's Day Out") no qual o personagem Cameron Frey (Alan Ruck) fica fascinado pelos pontos da obra. Amplie ela também e fique fascinado que nem ele!




Confira essa obra de arte também em todos os seus detalhes no Google Art Project.

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